Pergunta pelas estrelas!
Ao longe ouço um barulho...
é mais uma folha que cai
e logo me vem à mente
a lembrança daquela flor.
Uma flor que eu vi se abrir...
O vento a bagunçar o cabelo...
o céu azul...
a noite era um elo...
um elo entre eu e um poema!
O poema, que a caneta
não hesitou em escrever.
O vento trazia uma canção.
Aquela estrela brilhava...
mas me faltava uma coisa:
faltava ouvir Tua voz,
a voz do Pai,
que eu preciso conhecer!
A flor se fecha
em respeito ao sentimento.
E fica o poeta
sem ter sobre o que escrever
pensando na noite fria
e nos sentimentos ruins...
sentindo no peito mais cruel
dor do que a da morte!
—Pergunta pelas estrelas!
Onde estão as estrelas?
Onde está a beleza da vida, Senhor?
Naquela flor que nascia?
A noite acaba de chegar....
e mais uma vez a flor se abre...
mais uma vez...
o poeta chora e
agradece ao poema
ter-lhe devolvido a vida!