A janela
A janela lá do quarto
olhava a rua escura.
E a noite caía sombria,
por trás da alameda a procura.
Saída do labirinto.
A despedida, encontro!
A janela lá do quarto,
a tristeza do tormento...
Parto.
Não vou mais voltar.
Na porta do momento
batem palmas...
Lágrimas...
Me dê os barbitúricos e álcool!
Basta.
Parto.
Não consigo respirar.
A janela me olha fixamente.
E onde se encontram as respostas?
A vida se vive no agora!
É tarde,
a minha foi embora!