SUSSUROS AO SILÊNCIO

Mãe, avisa a eles que lutei com bravura,

Que acreditei com fervor e entreguei-me à batalha,

Enfrentando cada obstáculo com a força da minha alma.

Diga-lhes que a jornada foi árdua e repleta de espinhos,

Mas que, mesmo em meio à dor, encontrei a força para sorrir.

Afirme que minha luta não foi por ninguém em particular,

Nem por mim mesmo, mas sim por um ideal que me consumia,

Um ideal que se esvaiu em meio ao silêncio ensurdecedor da busca por um sentido para vida.

Peço perdão, mãe, por manchar teu lençol branco com lágrimas,

Por tingir de escuridão a serenidade do teu lar,

E pelo aroma metálico que paira no ar, um triste resquício da batalha perdida.

No fim, restou apenas o silêncio, mãe.

Um silêncio ecoante e sepulcral,

Que carrega consigo a marca da derrota e a saudade de um sonho desfeito.

Mas saiba que, mesmo em meio à dor e à desilusão,

meu amor por você permanece inabalável,

Um amor puro e eterno que desafia os limites do tempo e da própria morte.

E mãe, desculpa!

Desculpa!

Desculpa!

Eu não consegui entender.