Império

Construí um império de farsas,

E abusei da ilusão,

Muros erguidos,

Fachadas,

Que impedem qualquer visão.

Comecei tudo,

Do nada,

Nem sei porque,

A razão,

Cada tijolo encaixado,

Erguia a solidão,

Me distrai,

Nem notava,

Tristeza se instalava,

Dentro do meu coração.

Para evitar mal-estar,

Me afastei de amigos,

Fiz meu castelo,

Sozinho,

Ainda em construção.

Família?

Deles não sei,

A muito me separei,

Sem escutar,

Afastei,

E carrego a culpa,

Nas mãos.

Tão grande ergui,

Transformei,

O que era eu?

Eu não sei,

Mas nostalgia invade,

De mim,

Que tenho saudade,

E vezes,

Peço perdão.

Eu,

Do outro lado do muro,

Onde a luz,

Há em tudo,

E aqui é breu,

Tão escuro,

Um frio,

Há dor,

Em sussurros,

Lágrimas querem rolar,

Contenho!

Toda emoção.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 07/05/2024
Reeditado em 07/05/2024
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