Império
Construí um império de farsas,
E abusei da ilusão,
Muros erguidos,
Fachadas,
Que impedem qualquer visão.
Comecei tudo,
Do nada,
Nem sei porque,
A razão,
Cada tijolo encaixado,
Erguia a solidão,
Me distrai,
Nem notava,
Tristeza se instalava,
Dentro do meu coração.
Para evitar mal-estar,
Me afastei de amigos,
Fiz meu castelo,
Sozinho,
Ainda em construção.
Família?
Deles não sei,
A muito me separei,
Sem escutar,
Afastei,
E carrego a culpa,
Nas mãos.
Tão grande ergui,
Transformei,
O que era eu?
Eu não sei,
Mas nostalgia invade,
De mim,
Que tenho saudade,
E vezes,
Peço perdão.
Eu,
Do outro lado do muro,
Onde a luz,
Há em tudo,
E aqui é breu,
Tão escuro,
Um frio,
Há dor,
Em sussurros,
Lágrimas querem rolar,
Contenho!
Toda emoção.