A flor da pele

Os gritos, o desespero

A desumanização

O impacto ambiental

Atravessando corpos

Os telhados que viraram ilhas

A espera de um resgate

A vida cotidiana se despedaça

E desaparece em enchente

E quem passa, sente. Perde.

E tudo desmorona

Em questão de poucos minutos

Semblantes vazios e esgotados

Um Estado que eclodiu

Numa gama de fatores

E de uma natureza implacável.

Quem passa, sente.

Lutas diárias para conquistar

Um espaço seu, um lugar seu

Pra chamar de lar.

Vidas perdidas, pessoas desaparecidas

Uma manta densa de tristeza

Que atravessa o Rio Grande do Sul

Para sempre em cada um

Em proporções diferentes

Para cada um que aqui vai continuar

Uma tragédia incomum!

Recesolo
Enviado por Recesolo em 06/05/2024
Código do texto: T8057449
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