CRUELDADE

 

 

As flores perecem sob a crueldade,
Os campos se afogam no sangue dos inocentes,
Jardins sobre terra já tão martirizada,
Negam vida à natureza, aprisionando-a.
A luz do sol é obstruída
Pela poeira cinzenta do ódio,
Em meio a este desatino, para que servem
As lágrimas que vertemos?
Os corações se embotam, agonizam!
Ah, poderosos, semeiam apenas dor...
Incapazes de cultivar vida, de semear poesia...
(Cida Vieira)