Sequência de inconsequências
Sequência de inconsequências
Pequenas doses de incompetência.
Outros tantos afagos dóceis
Das mãos que deram, que dão,
Que retornarão mirradas, mas nunca vazias;
Dos lampejos de agonia
Dos extensos períodos de alegria,
A incongruência de muitos princípios
O familiar, o amistoso
A lógica;
O prazeroso.
O fim de um caminho acidentado
Cujo mato cobre onde ninguém repousa.
O adeus contínuo, ininterrupto
Entregue como um sussurro mórbido e gélido
Que canta músicas que não tocam mais pelas esquinas da cidade.
Um amargo sentimento de lembrança,
Uma compaixão de gosto terroso, aerado
Que passa perto de chamarmos de morada.
Suspiros que cintilam pelas noites
E que perduram pelos dias
Que nunca cairão em desuso
Mesmo que sua relevância perca o sentido a cada segundo.
E se a cada minuto esquecerem seu nome,
Se todo dia derrubarem os tijolos,
Das edificações que levaram anos para levantar,
Saiba que a cada década dói um pouco menos
Do que o século que parece
Que acaba de passar.
Deste lado, acenos tardios
Que não cumprimentam mais ninguém.