Último pedido
Um poema improcedente
Idealizado em um momento de
silêncio
Onde a alma sussurra em
meus pensamentos
Roubando os meus risos
Devolvendo-os em prantos.
"A vida é como um sopro
Uma vela acesa
prestes a se apagar
Não sei quanto tempo ainda me
resta
Talvez anos,meses ou dias
A qualquer momento essa vela se
apaga
Basta um vento,um sopro
uma brisa.
Sinto meu corpo desfalecendo
aos poucos
Alguns analgésicos paliativos
amenizam essa ferida
Mas nada
ameniza a dor da alma
São dores profundas
Feridas não cicatrizadas com o
tempo
Onde existe apenas um antídoto
Que neutraliza esse veneno.
Um antídoto difícil de se encontrar
Mas não impossível...
Se eu pudesse ter um último
pedido
Aos céus eu clamaria
Que junto ao meu último
suspiro
Trouxesse você
Ao invés dos meus
prantos
Meu antídoto
Minha cura
Meu amor de outras
vidas."