Triste melancolia
Triste melancolia, serena e sombria
Que habitas meu peito com tua agonia
Em teus braços frios me vejo perdido
Num mar de amargura, num vazio sentido
Teu manto escuro cobre minha alma
Ecoam lamentos, em doce calma
Os suspiros profundos, as lágrimas caem
Em silêncio, a solidão me aprisiona, me consome
Ó triste melancolia, me envolva com teu manto
Em teus abraços gélidos, eu me sinto tão tanto
Desperta em mim a saudade, a nostalgia
E a beleza amarga de tua triste magia
No fundo do peito, te vejo a morar
Como uma sombra que não quer me deixar
Triste melancolia, eterna companheira
Que em meu peito faz morada, e me desespera
Que em meio a tristeza colho a minha poesia
E em versos eternizo a minha melancolia
Para que um dia, talvez, eu possa superar
E libertar-me, enfim, desse triste lugar.