Os meus corações de ontem

"Os meus corações de ontem ..."

Assim começa um dos teus versos,

Encriptado no resto do poema.

Luísa, pretendo continuar,

Mas a inclemência sionista

Rija mo impede e estorce.

Povo cobarde, deseleito de Iavé,

Rende culto ao bezerro maior,

Rei das armas, também d'ouro.

A parte não é parte nessa

Curiosa democracia, mas

Todo, absolutistamente TODO:

Como Iavé. Observo o rosto

Desse inclemente e temo

Ver o nada, não palavras,

Mas des-obras, morte e

Destruição maciça como se

Iave se tornasse ríspido,

Desabrido, azedo ...

Apenas Netan-Iahu ordena

Desarborar gentes e cidades:

Corações, em todo o caso,

Ensarilhados nas sombras ...

(pp.78-79)