névoa cinza

na cidade dos sonhos perdidos

sumiste dos meus olhos vistos

despedi-lhe sem dizer em tuas mãos

o que batia em meu machucado coração

no voltar

das chuvas

o olhar

a alma viúva

da paixão envolvida

pela artéria ferida

no caminhar

dos pés descalços

deixa encalços

de um contar

das histórias profanas e imaculadas

das condenatórias marianas e declamadas

o sereno da rua feita das dores

o aceno a nua forma dos tremores

eu volto só para minha casa

com o cupido que perdeu as asas

e conseguiu quebrar as flechas

naquela névoa cinza

O Rubi
Enviado por O Rubi em 13/04/2024
Código do texto: T8040488
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