Antiquário
Na breve canção que se arrastava:
Silverline, I'll save you every time
Enquanto eu me desvirtuava entre palavras
Para convencer-me entre os espelhos
Resíduo pólvora, resíduo pele
Resíduo Tânatos, resíduo violência
Resíduo fuga, resíduo esconderijo
Resíduo rejeitado, resíduo íntimo
Uma casa em que residem
Saudosas memórias
Rodeiam-se mobílias
Capazes de desaparecer
Ocultando a pena
Para experimentá-la só
Um açoite instável e invisível
Se moldará pelo corpo
Que as águas levem todas as coisas incertas
Lava-me todo excesso imediatamente
Leve toda a vergonha consigo
E me redima do que não posso me perdoar
Revelam dessas pálpebras
Punhais hábeis a ferirem
Mas nunca terminarem o trabalho
Prometeu exibido em um açougue
E toda a mística regenerada a olhos curiosos
As lesões sobrepostas em cima de velhas cicatrizes
Os ossos retorcidos por fragilidade
E todas as vezes que purificastes o mundo
Essas vozes que se entrepassam
O eu por si só um denso calvário
O vigor se extinguindo, aos poucos atrofiando-se
Esparramando-se, simulando cera derretida