Dor na Alma
Dor que consome a alma,
Dor que aprisiona a alma,
Dor que angustia a alma,
Dor que sufoca a alma.
No desespero sem fim, um ato infame,
A dor, quando vem, não tem nome, apenas fome,
A alma já não resiste a mais uma noite insone,
E se entrega, enfim exausta, à dor que consome.
Essa dor que vem da alma, no coração e no peito,
Angústia presa na garganta, acorrentada em seu leito,
Um nó que a vida nos manda, e engolimos em seco,
Uma lembrança que aprisiona e destrói tudo que já foi feito.
Um cigarro aceso, uma mão trêmula, um trago,
Restos de cinzas a caírem nos pratos,
E a dor que não não sangra, mas faz seu estrago,
A alma sente angústia e rasteja na lama ou no charco.
Ser forte não é como dizem os que clamam,
A dor é maior quando da alma emana,
O corpo já não suporta e a vida reclama,
A alma sufoca e se cala, enquanto se desfaz em chamas.