SUBMERSO
No oceano de meus pensamentos
Navego sem me preocupar
Se há soluções para meus tormentos,
Me deixo sob as ondas a me levar
O destino, muito pouco me importa
Caminhos me parecem confusos
Daqui não percebo nenhuma porta
Pensamentos sombrios, difusos...
Há um poço que me é conhecido
De águas escuras, lodosas
Ao cair dentro logo sou submetido
A relembrar tuas lutas tenebrosas
Não é que delas eu sinta saudades
Mas elas insistem em me visitar
Ora quando descubro suas verdades
Quando vivo ao que vim para expiar
São tantas lágrimas que me surgem
Inundam minh’alma de melancolia
Sensação de perda que sempre vem
Então, paro e penso, não há mais poesia
Que possa reverter o meu dano
Me pego a consternar em coisas triviais
Já não torço de que me salvem do engano
De achar que sorrir não mereço mais