AUTODESTRUIDOR
Não sei porque o homem,
Dito racional,
Insiste em se matar,
Matando a natureza.
Talvez esteja insatisfeito,
Ou cansou dessa Terra,
Decidiu que a vida
Não mais vale a pena.
Mas que pena,
Quanta infelicidade!
Viver pela grana,
Que não vale a humanidade.
Derruba árvores,
Cava a terra,
Destrói rios.
Daqui nada se leva!
Agora aguenta o calor,
As tempestades,
Depois não reclama,
Pois são frutos da vaidade.
Quer ter carrão,
Comer comida boa,
Mas em algum cantão,
Tem gente sem nada.
E, enfurecido, reclama,
Quando chove sem controle,
Quando a seca maltrata a lavoura,
E do que plantou nada teve a colher.
Saiba que sua vida
Depende da natureza,
Um dia ela se revolta,
E acaba de vez com sua grandeza!