Carícias Ausentes

 

E os dedos deslizam pela face em carícias ausentes.

São como lâmpadas as tristezas que se acendem

no piscar das estrelas dessa imensidão que aperta o peito

e invade os meus pra dentro avassaladoramente.

 

Fecho os olhos e me peço: vem respirar comigo

para que eu possa continuar a viver.

Bebo o ar que vem de dentro.

Aspiro minha própria alma

como se sugasse a última gota de chuva do mundo.

 

É árida a solidão. Dialogo com ela,

minha companheira de jornada

e de viagem pelo universo de luzes.

 

Me conto meus mistérios.

Entrego as chaves de meus segredos mais íntimos

ao meu próprio coração e aguardo... ... ...

um silêncio terno, profundo, triste e gritante nasce em mim...