Nem por um momento fiz pouco
Da iminente chegada do vendaval
Sacudindo consciências adormecidas
Arrancando as perguntas do varal.
Eu sabia que no jogo não cabia
Vitória certa, à revelia
Dos desastres que a alma guarda
Superados os anos de euforia.
O que eu fiz e por certo não devia
Foi abrir a segurança do silêncio
À violência da tua estadia.
E agora partistes, enfurecida
E minha pele queima, vazia
Vendo a frágil paisagem destruída
Perdida a última casa que havia.
Crédito da imagem: https://portal.londrina.pr.gov.br/desastres-como-identificar-e-agir/vendaval