SEVERINA BRANCA
SEVERINA BRANCA - A autora desse poema, ( Cantando suas amarguras)
Ainda sinto o tremor das mãos sujas
Afagando o meu corpo pecador,
Ao invês do prazer sentia dor
E no meu peito a voz dizendo fujas,
Entre as brechas das telhas as corujas
Agouravam as minhas desventuras,
Eu gritava para Deus lá nas alturas
Leve logo este ser que é tão sofrido,
O silêncio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras.
Quantos homens chegavam embriagados
Dando chutes na porta como loucos,
Os gentis para mim foram tão poucos
Eram seres tristonhos reservados,
Eu perdia noção dos meus pecados
Pela fome com facas de perjuras,
Que cortavam minha alma com agruras
E sangrava o meu peito já ferido,
O silêncio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras.
Quando moça fui muito desejada
Das mulheres julguei a mais feliz
Mas o tempo cruel velho juiz
Sentencia qualquer sonho de fada
A beleza foi sendo apagada
Cada um foi falso às suas juras
E eu peço à Deus lá nas alturas
Que me mostre na vida algum sentido
O silêncio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras
Minha homenagem para SEVERINA BRANCA, que também era poetisa, nascida
na minha terra, região do Pajeú, cidade São José do Egito, Era bonita, era uma
linda mulher, diziam que ela era a musa da região, foi meretriz para sobreviver.
Faz tempo escreveu esse poema, já doente cansada pela vida que levava, hoje
repousa no céu ao lado de Deus, o seu verdadeiro paraíso. Nas páginas da
internet, há informações de Severina Branca. O meu próximo poema a ser
publicado é o meu conselho em versos escritos para ela, embora hoje já não
esteja entre nós, mas o meu poema que escrevi eu deixei bem guardado ao lado
do meu coração no ano 2011,quando ela ainda vivia entre nós, detalhe e apesar
de ser de minha região, nunca na vida com ela me encontrei, senti saudades,
fiquei com pena de mim.