Imerso em prolíferas trevas
Imerso em trevas prolíferas de ruídos carnais
Gemidos são hinos de sofrimento banal
Calafrios esparsos são volumes normais
Com as mentes torcidas pelos dias fatais
Imerso em trevas prolíferas de tormentos reais
O momento é eterno letárgico e cabal
Vossa dose niilista é o mínimo que levais
Em vossa petição nos ataúdes rogais
Imerso em trevas, trevas prolíferas de morbidez,
A lua majestosa renega-se às nuvens
O verbo é macabro, doloroso e tenaz,
Vossa ilusão é longínqua à lucidez
As palavras tornam-se mudas presas a sórdidas correntes
Arrastando-vos ao tumulto, às trevas prolíferas.