Imerso em prolíferas trevas

Imerso em trevas prolíferas de ruídos carnais

Gemidos são hinos de sofrimento banal

Calafrios esparsos são volumes normais

Com as mentes torcidas pelos dias fatais

Imerso em trevas prolíferas de tormentos reais

O momento é eterno letárgico e cabal

Vossa dose niilista é o mínimo que levais

Em vossa petição nos ataúdes rogais

Imerso em trevas, trevas prolíferas de morbidez,

A lua majestosa renega-se às nuvens

O verbo é macabro, doloroso e tenaz,

Vossa ilusão é longínqua à lucidez

As palavras tornam-se mudas presas a sórdidas correntes

Arrastando-vos ao tumulto, às trevas prolíferas.

O corvo
Enviado por O corvo em 03/01/2008
Reeditado em 27/11/2008
Código do texto: T800870
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