Insônia

Insônia

Delasnieve Daspet

Não querem cerrar-se as pálpebras,

Magoadas.

O sono não chega.

Noite, no mais profundo silêncio,

A cerração e a escuridão era tal.

Mergulhando em perene penumbra,

Imaginei que nunca mais haveria de amanhecer!

Como um salgueiro triste,

Prendi minhas raízes no solo onde morrerei

De saudades.

Noite negra, velório de trevas,

O vento na face suaviza a ardência,

Fustigada pelas lágrimas.

Esgoto o cálice – lentamente!

09.02.10