ENTRE O COXO E O CACO
Eu sou filho da natureza, na natureza me criei
eu sinto dor, eu sinto frio e sinto arrepio.
Sou um ser vivo que nasceu livre
entre arbustos e planícies
Que canta e assobia para alegrar
Os caprichos do meu senhor.
Eu sou tico, eu sou taco entre o coxo e o caco.
O meu senhor, ou meu algoz me exibe, como um troféu, eu canto eu assobio para satisfazer a vossa vontade.
Eu sou tico, eu sou taco entre o coxo e o caco.
Fui arrastado, preso, engaiolado, humilhado, julgado e condenado sem sequer ter o direito de me defender.
Hoje eu vivo do ponteiro para o caco
Assobiando e cantando para esquecer
Os maus tratos do meu malvado senhor.
O meu futuro está se desfazendo, estou me desfiando não sei mais quem eu sou, mais uma coisa eu tenho certeza.
Eu sou tico, eu sou taco, entre o coxo e o caco.
E assim vou seguindo a minha sina, eu sou tico, eu sou taco, entre o coxo e o caco.
Autor: Gilmar bispo dos santos neves
SALVADOR: BAHIA / 16/08/2023
Instagram: gilmar_bispo11