Incompetente
O véu da escuridão nubla meus olhos
Quem dera ser cura
Quem dera ser ópio nessa vida dura
Mas sou só, no trigal, o odioso joio...
Aí está o precipício poeta
Aí está a verdade
Só deixar-se cair
O zero não é número amor
Quem dera controle
Quem dera dizer não ao desejo que teu corpo me impõe
Mas só pulsante, ardente e crescente ardor...
Aí está o ponto poeta
Deseje menos poeta
Caia mais poeta
A sombra não é refresco, querida
É só a faísca que me embebeda
Tuas lágrimas são o bastante para que perceba
Não sou cura, sou um verme que consome tua vida...