Natal longe das crianças
Na noite silente, o Natal distante,
Ausência de risos, de alegria constante.
Brinquedos quietos, sem mãos para empunhar,
Crianças distantes, sem olhos a brilhar.
A árvore solitária, suas luzes a piscar,
Em vão, espera a presença que não pode encontrar.
Na sala vazia, ecoa o silêncio profundo,
Ausência de risadas, de abraços no mundo.
Os presentes embrulhados, como promessas perdidas,
À espera de mãos pequenas, agora esquecidas.
O Papai Noel sorri, mas sua voz não ecoa,
Sem crianças à volta, a magia se escoa.
Natal longe das crianças, um vazio no ar,
A lareira que queima, sem histórias a contar.
A saudade presente, como sombras na parede,
Na noite silente, o coração sente a sede.
Mas na distância, há esperança a surgir,
Um elo invisível que o tempo não pode extinguir.
Natal longe das crianças, mas o amor persiste,
Em cada pensamento, na memória que existe.
Diego Schmidt Concado