A hora dos desvalidos
Já alguma vez o diabo
Soprou no teu ouvido
Que tu não pertencias?
Era tudo tão calmo
E até o amor se fazia
E foi tempestades e revelia?
Saíste pelo mundo
À procura do mal que te faltava
Enlouquecido?
E inundaste as ruas
Com tuas lágrimas, a correr
Como um raio em disparada?
A se perguntar
"O que fazer de mim, agora?"
Querendo fugir pra bem longe?
E o diabo a rir-se do teu desespero
A pensar: "Até que ponto
Posso apertar a corda?"