Planejo

Tudo o que eu toco vira cinza

Odeio essa rotina

De nunca alcançar nada

Sempre uma ferida não fechada

Um copo meio vazio

A beira do último suspiro

Como se tudo girasse em nós

O mundo pesa demais

Me sinto tão incapaz

Um barco à deriva

Sem cais

Tudo ficou para trás

Mas ainda arrasta pro fundo

Causa o medo profundo

De ser sempre a figurante

O medo é congelante

Tenho vontade de gritar

O céu escurece

É tudo neblina

A busca da felicidade

Parece utopia

Vou largar a terapia

Não vou mais fazer jantar

E vocês hão de acostumar

Com a minha partida

Juliana Bruns
Enviado por Juliana Bruns em 01/12/2023
Reeditado em 02/12/2023
Código do texto: T7944619
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