Ruas Gélidas

Nas ruas gélidas de um lugar esquecido,

O silêncio é meu fiel companheiro,

Caminho solitário e comprometido,

Sob o céu vazio, sem paradeiro.

Entre sombras frias e ventos cortantes,

O eco dos passos ressoa sem rumo,

Sigo adiante, entre olhares distantes,

Num mundo onde a solidão é meu resumo.

Às vezes, vejo rostos desconhecidos,

Máscaras ocultando suas dores,

Cada qual com seus fardos escondidos,

Neste cenário de tristes cores.

Pelas vielas gélidas, meu ser vagueia,

Refletindo sobre o sentido da jornada,

Entre a melancolia que me incendeia,

E a busca por uma saída esperada.

Ah, como as ruas desertas me falam,

De um vazio que habita em cada esquina,

Questionamentos que a alma embalam,

Neste mundo onde a solidão domina.

Às vezes, sinto-me um exilado,

Perdido nas ruas sem direção,

Num cenário gélido e desolado,

Buscando a luz na escuridão.

O frio cortante atravessa a pele,

Ecoando a frieza da alma minha,

Num mundo onde a solidão revele,

A verdade crua, sombria e sozinha.

Mas mesmo entre sombras e desamparo,

Há uma centelha, um fio de esperança,

Que mesmo no escuro mais amparo,

Aquece o coração na triste dança.

Pelas ruas gélidas, sigo em frente,

Numa busca incessante por abrigo,

Tentando encontrar, serenamente,

Um sentido para este vazio antigo.

E assim, pelas ruas sem destino certo,

Eu e a solidão, em silêncio profundo,

Buscamos um alívio neste deserto,

Neste mundo onde a alma busca um rumo.

Pasia Aventuristo
Enviado por Pasia Aventuristo em 29/11/2023
Código do texto: T7942815
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