ABJUGAR

Liberta do corpo vil

A alma que ainda sonha

Pois o coração é poço vazio

O que a vida deu, agora toma

Onde a dor persevera

Velou até ontem a esperança

Logo apagou a chama da vela

Ficando ainda maior a distância

Lágrimas não são como chuva

Cada nuvem esconde um trovão

Não vou me alimentar da dúvida

Tampouco postergar em um refrão

Sou o prisioneiro que não foge

Das armadilhas feitas pelo tempo

Não vejo a luz do sol como uma ode

E o mundo gira feito um cata-vento

Meu espelho é um caco de vidro

E pouco demonstra quem eu sou

Todo ouro foi levado por um bandido

Que alguns costumam chamar de amor

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 28/11/2023
Código do texto: T7942717
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