Ausências
No relógio, o tic-tac tece uma trama de ausências,
Perder-me-ei nas horas, longe dos seus afluências.
Olhar o tempo, pesar sem seus abraços ternos,
A saudade cresce, como vinho nos invernos.
Em cada segundo, um pedaço de nostalgia,
A ausência dos seus sorrisos, minha agonia.
Caminharei sem ver seus olhos a me guiar,
Na estrada da solidão, onde o sol não quer brilhar.
Os abraços que se tornam sombras do passado,
Entre o vai e vem do relógio, sou desamparado.
Seus sorrisos, estrelas que não iluminam mais,
A penumbra da saudade cobre os sinais.
Rimas de amor, ecoam em versos perdidos,
No coração, o vazio de sentimentos feridos.
Ir sem seu toque, como dançar sem melodia,
Um poema desfaz-se, perdido na agonia.
No palco da vida, sem a sua presença,
O espetáculo perde a essência.
Olhar o tempo, sem o seu calor,
Será uma jornada vazia de cor.
Diego Schmidt Concado