Desnuda

Despe-se diante de mim, sem o menor pudor

Arranca o véu que cobre e a protege da vergonha

De ser uma coitada, implorando por amor

És um cachorro sem dono e se auto envergonha

Humilha-se, perde-se na tolice duma amizade

Uma tola, que despe a roupa dos sentimentos

Tira de si entregando e recebe negativas

Quando ficará claro que nua nunca o terás?

Retira a vulnerabilidade e fica totalmente a mercê

Não entende o básico: ele nunca quis você

Continuas despir, informando aquilo que já sei

Jogado na face que forçasses o eu te amo

Como podes achar que poderia ser teu ombro?

Nada daquilo te pertence. Vai desnuda-se.

Para quê?

Tire o resto da roupa, aquilo que ainda falta

Mas calma, a escolha foi sua. Insistiu.

Não há mais nada encoberto, nada não visto

Dilacerada em tanto pedaços, cortados

Desnuda verdade que se mostra diante de mim

Tamyrys Hadassa
Enviado por Tamyrys Hadassa em 16/11/2023
Código do texto: T7933526
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