Desnuda
Despe-se diante de mim, sem o menor pudor
Arranca o véu que cobre e a protege da vergonha
De ser uma coitada, implorando por amor
És um cachorro sem dono e se auto envergonha
Humilha-se, perde-se na tolice duma amizade
Uma tola, que despe a roupa dos sentimentos
Tira de si entregando e recebe negativas
Quando ficará claro que nua nunca o terás?
Retira a vulnerabilidade e fica totalmente a mercê
Não entende o básico: ele nunca quis você
Continuas despir, informando aquilo que já sei
Jogado na face que forçasses o eu te amo
Como podes achar que poderia ser teu ombro?
Nada daquilo te pertence. Vai desnuda-se.
Para quê?
Tire o resto da roupa, aquilo que ainda falta
Mas calma, a escolha foi sua. Insistiu.
Não há mais nada encoberto, nada não visto
Dilacerada em tanto pedaços, cortados
Desnuda verdade que se mostra diante de mim