Desculpe, minha amiga

Que o tempo se foi e eu nem vi...

Estava à margem do rio das memórias

Juntando cacos, recordando histórias

E o drama findou-se sem sentir.

 

Perdoe-me por minha ausência

Durante os anos passados...

Estive tonto, embriagado

Pela torpe miragem dos enganados

Que me colheu, tolo e desavisado.

 

Se eu soubesse o preço a pagar

Esconderia em cova profunda

(não se trata de tesouro, não se deixe enganar!)

A vaidade que me levou a errar.

 

Desculpe, minha amiga

Por não ter entendido seu pranto

Ansioso por me ajudar.