Da saudade
O sem você dói
no peito
na palma da mão
onde escorrem letras
(feito lavas)
co'a saudade
e levam embora o poema
machucado de ausências
asas quebradas
sem condições de voo
vagueando sonhos
tinindo alertas
bradando adeus
O sem você dói
no leito
na madrugada
onde o poema nasce
na busca da luz
d'uma verve enamorada
e o poema vagueia
padecendo às letras
sonho acordado, mas
'inda com esperanças
buscadas nas estrelas
O sem você dói
sem mágoas, com saudades
esganadura de sentires
que só o tempo faz cessar.