Um Palco de Crises
No palco da existência, ator desajeitado,
Caminhando na senda, com fardo pesado,
Crise existencial, sombra que me persegue,
O labirinto da vida, onde o coração se ajoelha.
A tristeza, minha companheira silente,
Dilacerando sonhos, implacável e doente,
Meus olhos refletem um céu enegrecido,
Desilusão, a lâmina que me rasga, ferido.
Arrependimento, o eco das escolhas que fiz,
No teatro da vida, as máscaras que vesti,
Os erros do passado, fantasmas que não morrem,
Cadeias invisíveis, nas quais me detenho e sofro.
Vergonha, a sombra que me atormenta e devora,
Segredos ocultos, passos que não quero ver de fora,
Em meu próprio tribunal, julgado e réu,
Afogado em lembranças, como condenado em seu fel.
Filosofia, minha fiel conselheira e guia,
No labirinto dos porquês, onde a verdade se escondia,
Na crise encontro a centelha do questionamento,
A sabedoria nasce das cinzas do tormento.
Sagaz, desvendo o véu da ilusão,
No espelho da reflexão, encontro redenção,
Na busca pelo ser, no abismo mergulhado,
A essência da vida, o segredo revelado.