Um Palco de Crises

No palco da existência, ator desajeitado,

Caminhando na senda, com fardo pesado,

Crise existencial, sombra que me persegue,

O labirinto da vida, onde o coração se ajoelha.

A tristeza, minha companheira silente,

Dilacerando sonhos, implacável e doente,

Meus olhos refletem um céu enegrecido,

Desilusão, a lâmina que me rasga, ferido.

Arrependimento, o eco das escolhas que fiz,

No teatro da vida, as máscaras que vesti,

Os erros do passado, fantasmas que não morrem,

Cadeias invisíveis, nas quais me detenho e sofro.

Vergonha, a sombra que me atormenta e devora,

Segredos ocultos, passos que não quero ver de fora,

Em meu próprio tribunal, julgado e réu,

Afogado em lembranças, como condenado em seu fel.

Filosofia, minha fiel conselheira e guia,

No labirinto dos porquês, onde a verdade se escondia,

Na crise encontro a centelha do questionamento,

A sabedoria nasce das cinzas do tormento.

Sagaz, desvendo o véu da ilusão,

No espelho da reflexão, encontro redenção,

Na busca pelo ser, no abismo mergulhado,

A essência da vida, o segredo revelado.

Pasia Aventuristo
Enviado por Pasia Aventuristo em 23/10/2023
Código do texto: T7915584
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