Posso duvidar da minha própria consciência

Em sombras de dúvida, meu ser se dissolve,

Passado e presente em um eco se envolve,

Os talentos que amei, agora se dissipam,

Minha sanidade, em memórias, resvala e escapa.

Antes, eu era inteiro, agora fragmentos persistem,

Nas teias do tempo, minhas lembranças resistem,

Duvidar da própria mente, o preço da jornada,

O que era claro antes, hoje é sombra embaralhada.

O amor pelos dons que possuí se esvai,

No eco distante de dias que não mais cai,

A sanidade, um fio tênue em meu ser,

Emaranhado nas dobras do tempo a perder.

Se um dia amei meus talentos com fervor,

Hoje, na névoa, busco um último fulgor,

Minha consciência se perdeu no vai e vem,

Em memórias fragmentadas, onde me encontro além.

Diego Concado
Enviado por Diego Concado em 21/10/2023
Código do texto: T7913470
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