Posso duvidar da minha própria consciência
Em sombras de dúvida, meu ser se dissolve,
Passado e presente em um eco se envolve,
Os talentos que amei, agora se dissipam,
Minha sanidade, em memórias, resvala e escapa.
Antes, eu era inteiro, agora fragmentos persistem,
Nas teias do tempo, minhas lembranças resistem,
Duvidar da própria mente, o preço da jornada,
O que era claro antes, hoje é sombra embaralhada.
O amor pelos dons que possuí se esvai,
No eco distante de dias que não mais cai,
A sanidade, um fio tênue em meu ser,
Emaranhado nas dobras do tempo a perder.
Se um dia amei meus talentos com fervor,
Hoje, na névoa, busco um último fulgor,
Minha consciência se perdeu no vai e vem,
Em memórias fragmentadas, onde me encontro além.