AUSÊNCIA PERMANENTE
Meses afastado...
Agora entendi, a ausência é permanente.
Não tenho mais seu olhar nas minhas poesias, pra avaliar...
Sinto o vazio do seu lugar,
A cadeira cativa que usava, está sem uso
Ora aqui, ora acolá...
você não vem mais sentar.
A distância não me permite ver em que nuvem está.
Será branquinha ... colorida?
Com anjos a lhe ajudar?
Queria muito resolver esse impasse
Que você ao menos falasse:
- Fique sossegada, também sinto saudades!
Sinto medo da solidão...
Vou ao jardim, colho rosas em botão,
Aparo os espinhos...enfeito seu ninho.
Ao pisar na grama, lembro o caminho
Que outrora, juntos fizemos.
Dê um sinal, diga em qual nuvem está...
Vou até lá...vai gostar de me ver chegar!
Aqui, já não tenho lugar pra ficar...
Só me restam sonhos, dos quais não
quero acordar...
Aguarde meu caminhar...vou já...
Fique bem onde está...até lá!
Palmira de Oliveira (Mira Olliver)
12/06/22