DA JANELA
Da janela vejo a diversão,
O clarão da era 4G,
A revolução correndo apressada
Sem pressa de acabar.
Da janela, vejo jovens vivendo
Seus antagonismos singular.
Dissecando experiências,
Devorando energias ferozmente.
Da janela, vejo o contraste social,
Rasgando a inocência do garoto
Raquítico, que tem sua dignidade
Ferida pelo valentão do Bairro.
Da janela, vejo a pressa de um novo
Amanhecer, marcado por uma aurora
Comprometida, pela poluição de
Uma grande metrópole.
Da janela, vejo o gato faminto
A deslizar, pelo telhado sujo,
Quente e fétido sem se preocupar.
Ele me olha triste...