DA JANELA

Da janela vejo a diversão,

O clarão da era 4G,

A revolução correndo apressada

Sem pressa de acabar.

Da janela, vejo jovens vivendo

Seus antagonismos singular.

Dissecando experiências,

Devorando energias ferozmente.

Da janela, vejo o contraste social,

Rasgando a inocência do garoto

Raquítico, que tem sua dignidade

Ferida pelo valentão do Bairro.

Da janela, vejo a pressa de um novo

Amanhecer, marcado por uma aurora

Comprometida, pela poluição de

Uma grande metrópole.

Da janela, vejo o gato faminto

A deslizar, pelo telhado sujo,

Quente e fétido sem se preocupar.

Ele me olha triste...

Antonia Farias
Enviado por Antonia Farias em 09/10/2023
Código do texto: T7905016
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.