O MALDITO CAIXÃO
O MALDITO CAIXÃO
Carlos Roberto Martins de Souza
O causo que eu vou contar para vocês
Ele é coisa dolorosa do tempo passado
O caixão caído na beira de uma estrada
Foi perdido por alguém muito apressado
.O matuto passava e colocou na carroça
Levou para casa o ataúde sem maldade
Chegou colocou na sala da sus palhoça
Mostrando sua sincera e pura humildade
Sobre duas cadeiras apoiou seu achado
Sem a tampa tirar deixou ali foi se banhar
Não imaginava jamais o pobre coitado
Que de um susto a sua mulher iria matar
No banheiro cantava feliz e descontraído
Sem imaginar aquela tragédia anunciada
Ele seria por seu estranho achado traído
A mulher não foi daquele caixão avisada
Era noite quando na sala cansada entrou
Aquela cena assustadora foi o golpe fatal
Vendo o caixão seu coração não suportou
A brincadeira foi para ela uma cena mortal
O silêncio se abateu naquela humilde sala
O marido saiu viu no chão o corpo estirado
Não suportando cena terrível perde a fala
Sentiu que sua aventura tinha dado errado
Ao contatar a morte da sua companheira
O terror encheu de pânico o seu coração
A dor insuportável mostrou a sua asneira
Por uma brincadeira ele matou sua paixão
Tomado de grande emoção e desespero
Jogou querosene por toda a parte da casa
Queria vingar de se mesmo em exagero
Riscou fósforo transformou tudo em brasa