Altiva e couraçada de desdém,

Vivo sozinha em meu castelo: a Dor!

Passa por ele a luz de todo o amor ...

 

En unca em meu castelo entrou alguém!

Castelã da Tristeza, vês? ... A quem? ...

—E o meu olhar é interrogador

— Perscruto, ao longe, as sombras do sol-pôr ... Chora o silêncio ... nada ... ninguém vem ...

 

Castelã da Tristeza, porque choras Lendo,

toda de branco, um livro de horas,

À sombra rendilhada dos vitrais? ...

 

À noite, debruçada, plas ameias,

Porque rezas baixinho? ...

Porque anseias? ...

Que sonho afagam tuas mãos reais? ...

 

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