Maldita morte
O pulsar da minha pele
Que dilata de prazer
É a mesma que a morte
Vindo me dizer
Beije - me com ardor
Meus lábios frios
No escuro tenebroso
De saudade e calafrios
Você trouxe e me deixou
Aos prantos suspirando de amor
Já deitada nessa cama, feche me os olhos
Pois não quero mais ver o azul do seu olhar
Se não terei coragem de dizer
Ao meu ambicioso, maldito e rancoroso coração
Que me abandonou quando mais queria dizer- te eu te amo
Gritando, remoendo- me por dentro em desastre da própria natureza
É mentir para o coração em perfeita harmonia que eu te deixo como a luz do dia
vou-me meio a escuridão, como se fosse um apagão.
Indo-me entregar a sutilezas do prazer inibindo- me fazendo tremer
Foi em teus braços que pude esquecer toda dor que vieste à maldita morte me trazer
Em meu repulsar eu percebo nada mais aqui fazer
Deite-me nessa cama e deixe que meus olhos, como a minha alma que se arranca de dor, por ter perdido um grande amor.
Letícia Ferreira Viegas