Maldita morte

O pulsar da minha pele

Que dilata de prazer

É a mesma que a morte

Vindo me dizer

Beije - me com ardor

Meus lábios frios

No escuro tenebroso

De saudade e calafrios

Você trouxe e me deixou

Aos prantos suspirando de amor

Já deitada nessa cama, feche me os olhos

Pois não quero mais ver o azul do seu olhar

Se não terei coragem de dizer

Ao meu ambicioso, maldito e rancoroso coração

Que me abandonou quando mais queria dizer- te eu te amo

Gritando, remoendo- me por dentro em desastre da própria natureza

É mentir para o coração em perfeita harmonia que eu te deixo como a luz do dia

vou-me meio a escuridão, como se fosse um apagão.

Indo-me entregar a sutilezas do prazer inibindo- me fazendo tremer

Foi em teus braços que pude esquecer toda dor que vieste à maldita morte me trazer

Em meu repulsar eu percebo nada mais aqui fazer

Deite-me nessa cama e deixe que meus olhos, como a minha alma que se arranca de dor, por ter perdido um grande amor.

Letícia Ferreira Viegas

Letícia Viegas
Enviado por Letícia Viegas em 04/09/2023
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