Lágrimas a Vinho. - Thiago Henrique

Mais do que nunca,

Bebo hoje buscando toda a maldição,

E embriagues que o vinho pode me proporcionar(...),

O que hoje perdi,

Nem o próprio coma,

Conseguirá enganar.

Ao antigo companheiro,

Que encontro dentro deste cálice,

Misturo toda a tristeza que já se abateu,

Em um único homem.

E bebo(...),

Mesmo querendo expelir,

Toda essa dor.

Das coisas que ficaram,

É a falta do que não tive,

Cá em vida, junto á este cálice,

Que me torna o mais cruel inimigo,

“Redundantemente” :

“de mim mesmo”.

Nem o mais temível absinto,

Poderá cicatrizar,

A ferida que hoje se faz presente,

Roubando toda a idéia de futuro,

Que neste passado de hoje,

Me fez abrir o peito.

Ao tilintar solitário,

Peço desesperadamente,

Á quem se abriga dentro do cálice:

Consome quem tanto,

Te pediu para aquecer o coração,

Pois nem cheguei a tê-la ,

Caro vinho(...),

E nem mesmo,

A culpa de tê-la perdido,

Tenho para me punir.

Eis o pior dos castigos.

Thiago Henrique.

Autores do Nossarte
Enviado por Autores do Nossarte em 21/12/2007
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