Lágrimas a Vinho. - Thiago Henrique
Mais do que nunca,
Bebo hoje buscando toda a maldição,
E embriagues que o vinho pode me proporcionar(...),
O que hoje perdi,
Nem o próprio coma,
Conseguirá enganar.
Ao antigo companheiro,
Que encontro dentro deste cálice,
Misturo toda a tristeza que já se abateu,
Em um único homem.
E bebo(...),
Mesmo querendo expelir,
Toda essa dor.
Das coisas que ficaram,
É a falta do que não tive,
Cá em vida, junto á este cálice,
Que me torna o mais cruel inimigo,
“Redundantemente” :
“de mim mesmo”.
Nem o mais temível absinto,
Poderá cicatrizar,
A ferida que hoje se faz presente,
Roubando toda a idéia de futuro,
Que neste passado de hoje,
Me fez abrir o peito.
Ao tilintar solitário,
Peço desesperadamente,
Á quem se abriga dentro do cálice:
Consome quem tanto,
Te pediu para aquecer o coração,
Pois nem cheguei a tê-la ,
Caro vinho(...),
E nem mesmo,
A culpa de tê-la perdido,
Tenho para me punir.
Eis o pior dos castigos.
Thiago Henrique.