Pessoas desalmadas
Vida segue; não cabe na mudança...
Dezesseis patas e quatro focinhos
Que cresceram juntos das crianças
São deixados para trás, sozinhos....
Deixaram um cuidador e as rações
O resto, a solidão de todos os dias
Não terão afagos, e nem atenções
Para eles, a espera das horas vazias
Outro rumo na vida, outra estrada
Isso é algo aceitável, faz sentido...
Será que são pessoas desalmadas?
Não ouvem a tristeza dos latidos...
Numa mudança cabe a casa, um cão
E muitas vidas dentro do coração
Não cabe falta de responsabilidade
De patas deixadas na antiga cidade.