Os galhos secos da alma

O pomar da existência não nega frutos,

Uns doces, outros amargos,

Mas produz muitos galhos

Secos

Na alma da gente.

São galhos pontiagudos que ferem,

Não somente a nós mesmos,

Mas também a outros que estão próximos,

Bem próximos,

Seja física ou sentimentalmente.

Quando os sentimentos, colidentes,

Queimam em brasas esses secos galhos,

Faz incendiar no coração

Um desespero incontido, doído,

E, magro e descarnado, delinquido pela tristeza,

Esse mesmo coração martiriza nos pensamentos

As desventuras do amor, da fraqueza e da culpa.

Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 21/12/2007
Reeditado em 23/02/2012
Código do texto: T786891
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