Sombras do Sofrimento

Em ermo recanto, nas sombras confinado,

Sinto o medo crescer, em meu peito abrigado,

A luz do dia, um temor a despertar,

Raios que ferem, a alma a afligir, a sangrar.

Retorno à escuridão, ao canto solitário,

O medo de mim, abraça-me temerário,

Esquiva-se o olhar, das gentes que passam,

Em meu próprio ser, as dúvidas trespassam.

Nas arcadas do passado, em letras de outrora,

Busco abrigo, na escrita de dor que aflora,

Solidão é meu manto, o isolamento é abrigo,

Vago entre palavras, em um mar de perigo.

Caminhos incertos, emaranhados na mente,

Lágrimas que correm, no silêncio eloquente,

Mas na trama sombria, uma escolha se alinha,

Aceitar o medo, ou na luz encontrar a trilha.

Solidão é meu manto, o isolamento é meu fardo,

Vago entre lembranças, em um silêncio guardado,

Caminhos incertos levam ao abismo profundo,

Na escuridão eterna, meu ser se afunda.

A trama sombria revela a verdade cruel,

A escolha é vã, a luz não me quer revelar,

Na melancolia, meu ser encontra seu fim,

Em um poema triste, meu destino chega ao seu fim.