DIA A DIA AVESSO

Recolho a minha tristeza,

Submissa ao tal sofrer

Dá-me eu a ser só

Embriagada de incertezas.

Recolho e cato os fragmentos

Retalhado em fantasias

Alegrias, risos, fortalezas

Vens dia , após dia.

Há bem que o céu conceda,

Dadivas de vida, pelo caminho

Plumas ao vento sobrevoam

Ao meu espirito tu és sozinho.

Haja, flores com teus espinhos

Ao longo dessa jornada

Abriras as porta do destino

Sentindo tua presença

Como insulto de um carinho.

Dias sim passarão

Ao longo dos meus olhos tristes

Enxugando as lágrimas correntes

Do abismo ainda existente.

Inda assim aqui estou,

Abrindo as portas do caminho

Seguindo alguns ideais

Da desincerteza dos pergaminhos.

Moda de vida que escolhi,

Ouvindo o mundo em anseios

Onde estou a mil cortante

Dessa desastrosa correnteza.

Luxo e não o sentir

Por ser nobre a embriaguez

Ser ou não ser desde o naufrago

Em querer sentir mais uma vez.

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 20/12/2007
Código do texto: T785762
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