DIA A DIA AVESSO
Recolho a minha tristeza,
Submissa ao tal sofrer
Dá-me eu a ser só
Embriagada de incertezas.
Recolho e cato os fragmentos
Retalhado em fantasias
Alegrias, risos, fortalezas
Vens dia , após dia.
Há bem que o céu conceda,
Dadivas de vida, pelo caminho
Plumas ao vento sobrevoam
Ao meu espirito tu és sozinho.
Haja, flores com teus espinhos
Ao longo dessa jornada
Abriras as porta do destino
Sentindo tua presença
Como insulto de um carinho.
Dias sim passarão
Ao longo dos meus olhos tristes
Enxugando as lágrimas correntes
Do abismo ainda existente.
Inda assim aqui estou,
Abrindo as portas do caminho
Seguindo alguns ideais
Da desincerteza dos pergaminhos.
Moda de vida que escolhi,
Ouvindo o mundo em anseios
Onde estou a mil cortante
Dessa desastrosa correnteza.
Luxo e não o sentir
Por ser nobre a embriaguez
Ser ou não ser desde o naufrago
Em querer sentir mais uma vez.