NÃO SE TRATA DE NADA
Esse poema, não é um poema,
Ele não tem poesia,
Tem palavras soltas,
Escritas em versos.
Está escrito porque escrevi,
Não se trata de nada,
Só palavras, palavras,
Muitas palavras. Ou poucas...
Isso não é enrolação,
Era para ser um poema,
Mas se tornou nada,
Assim como eu.
Eu o escrevi agora,
No escuro desse dia chuvoso,
Não um dia frio,
Mas de chuva chata e fina.
Tristeza? Nenhuma! Ou todas!
Sei não, pode ser, talvez. E se for?
Tenho que me virar! Já virei...
E vi a mesma coisa... Ou nada.
Hoje, acordei. Que bom!
Não queria não ter acordado,
Estou vivo, vou em frente,
Mesmo sem enxergar nada.
Para onde?
Sem destino.
Aqui, acolá, depois de lá,
Voltar? Nunca! Só ida...