E o poeta busca

no roçar da face

- com a avidez

do talco morno -

a sua felicidade.

 

Escolhe a festa do amor imperfeito,

o toque de pele que veste cachemira

entre os cifões de vinho

e canções que se confundem

entre amores e passas.

 

E lá é dia de festa.

Daquelas dos gordos comensais

e dos definhados colossais.

 

E o poeta segue seus caminhos,

pelas estradas dos Pinherais,

agarrado a uma saia de arroz-doce,

em busca de reviver

sua história de amor com ela...

a deusa-menina, da ninfas,

a - pra sempre - escolhida...

 

Escolhe a festa do amor imperfeito,

abandonando ao largo da vida

- em tristeza e dor -,

a única mulher que lhe entrega,

sem honorários - e sem que queira -,

a dádiva do verdadeiro amor!