Sombras do Coração

Num rincão melancólico, em prantos sigo a vagar,

Crises incansáveis de ansiedade, o peito a me sufocar.

Nas asas do tempo antigo, sussurros de agonia entoam,

E a tristeza escorre em prantos, enquanto as sombras me abraçam.

Oh, quão longe da serenidade outrora desfrutei,

A felicidade recente, como estrela, se apagou e deixou-me sem lei.

Na morada das lembranças, procuro uma brisa suave,

Mas a alma chora em silêncio, e a dor torna-se a minha ave.

Oh, dias dourados que se foram, agora apenas memórias distantes,

Emaranhado em tristezas e anseios, buscando respostas relevantes.

A mente inquieta como tempestade em mar bravio,

Remete-me ao passado, aos termos antigos que o tempo esvaziou.

E no âmago da inquietude, clamo por um raio de esperança,

Que abrace o meu ser angustiado, trazendo paz à dança.

Que a nostalgia se faça poesia, para acalmar meu coração aflito,

E nas páginas do destino, reencontre a alegria que se desvaneceu de forma tão recíproca.

E assim, entre rimas e versos, desabroche a melodia do meu ser,

Transcendendo as agruras do passado, permitindo-me renascer.

Que em meio ao crepúsculo da alma, brote um amanhecer sereno,

Resgatando a felicidade perdida, num encontro com meu eu pleno.

Assim, erguerei meu olhar, enfrentando com bravura a ansiedade,

E na poesia do meu ser, encontrarei a paz e a felicidade.