RESSENTIMENTO
Emerge até o teu âmago
Na deletéria colina de sal
Ao encontro do irresoluto
Ainda a bordo desta nau
Reverbera em águas profundas
E a derrocada reina incongruente
Vitupera uma resposta a pergunta
Difusa no ponto de interrogação
Uma vez que a razão é irracional
O veio passional pura especulação
E uma cicatriz acíclica a constrição
Execra vorazmente o ressignificar
Não há luz no fim do túnel
O que agora é um labirinto
Beligerante no escafandro
Em a sua barreira de zinco
Carcome a delgada parede
Que só na aparência é pedra
Quando irascivel é a tua sede
Corrobora a inverossímil tese
O óbice que em ti posterga
É uma voz rouca que caturra
Inconteste mesmo que espúria
Ante a postura condescendente