Acorda sinhá
Acorda sinhá!
Acorda sinhá! Acorda!
Os passarinhos, estão bordando,
Em tua janela, a mais linda melodia!
Creio eu, que viveu muitas aventuras, em quimeras.
Mas, acorda!
Aí, minha doce sinhá!
O Jardim já se esboça de sonhos,
Pétalas, expele gotículas de perfumes,
Que num instante, forma um rio de lágrimas,
Mostrando o caminho da alma.
Da minha pobre alma!
Minha sinhá! Tenho por mim,
Que morrerei, em teus sonhos,
Pois não alcançarei, os teus, finos dedos,
Que segura um chicote raivoso,
Que grita, o meu nome sem cessar.
Aí sinhá acorda, para receber as minhas lágrimas,
Como pérolas preciosas, perdidas neste rio de sofrimento.
Então me vou, sinhá sem mágoa,
Contemplando, os teus olhos, duros,
Olhando para mim, e vendo- me suber,
Como uma fumaça de perfumes, entre os teus
Dedos, que agora choram, por me- perder.
Adeus sinhá! Adeus!