Indiferente
E de uma torrente afetiva, embota-se
uma indiferença pós-tormenta,
acende-se a possessão da mente
nos resquícios dum momento delirante.
Dez vezes baleado pela culpa,
onze desinteresses por ser baleado,
farelos da indiferença sobre a lama
titubeados pelo corpo apático.
São ossos molhados pelo escorrer do sentir;
Hão de investigar as peripécias deste mundo,
assim, apascentados nas migalhas da verdade,
o meu diário da morte estará escancarado
a tantos juízes desta vida.