Coração de vidro.
Coração de vidro, brilha na escuridão,
Revela o camingo, que aflige o meu ser,
Sinto o vazio que preenche meu peito,
Na imensidão sem fim, onde não há abrigo.
Frágil e quebradiço, tão vulnerável,
Te confiei meu amor e tua vida se abalou,
Agora, estás despedaçado em pedaços,
Refletindo a tristeza, os desenganos e os embaraços que já passou.
No silêncio da noite, ouço teu suspiro,
Vez ou outra, ouso a esperança se afogando em pranto, destino,
As lágrimas escorrem por entre as lacunas,
Em minha solidão profunda, sem cura, rupturas.
Em busca de calor humano, vaguei pelos dias,
Mas a monotonia do vazio me acompanhou,
Envolta em sombras, cada passo, um declínio,
No universo deste coração de vidro, o silêncio enfim tomou.
As memórias ecoam distantes,
Os sorrisos perdidos, as ilusões desfeitas,
E, quando a dor aperta, quebro-me outra vez,
Até que o tempo junte as partes, incertezas.
Coração de vidro, que agora chora sozinho,
Ainda há uma centelha, um caminhar,
Será o isolamento meu destino?
Amanhã um novo dia, talve, será...