Coração de vidro.

Coração de vidro, brilha na escuridão,

Revela o camingo, que aflige o meu ser,

Sinto o vazio que preenche meu peito,

Na imensidão sem fim, onde não há abrigo.

Frágil e quebradiço, tão vulnerável,

Te confiei meu amor e tua vida se abalou,

Agora, estás despedaçado em pedaços,

Refletindo a tristeza, os desenganos e os embaraços que já passou.

No silêncio da noite, ouço teu suspiro,

Vez ou outra, ouso a esperança se afogando em pranto, destino,

As lágrimas escorrem por entre as lacunas,

Em minha solidão profunda, sem cura, rupturas.

Em busca de calor humano, vaguei pelos dias,

Mas a monotonia do vazio me acompanhou,

Envolta em sombras, cada passo, um declínio,

No universo deste coração de vidro, o silêncio enfim tomou.

As memórias ecoam distantes,

Os sorrisos perdidos, as ilusões desfeitas,

E, quando a dor aperta, quebro-me outra vez,

Até que o tempo junte as partes, incertezas.

Coração de vidro, que agora chora sozinho,

Ainda há uma centelha, um caminhar,

Será o isolamento meu destino?

Amanhã um novo dia, talve, será...

BrunoBandeira
Enviado por BrunoBandeira em 23/07/2023
Código do texto: T7843915
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